terça-feira, 20 de outubro de 2009

A valsa da primavera

Parte I (Cegueira)

Meu amor o que eu mais desejo
Não passa de um beijo,
Eu até tento, mas minhas mãos não te tocam
E eu não te vejo.

Sou com um cego perdido em meu próprio coração
Entre a imagem que tenho de mim,
A imagem que criei de você
Suas palavras com o calor da tua voz,
O sonho de ter o seu cheiro em minha memória,
E tudo mais o que já nem lembro agora

Mas meu doce anjo não chore ainda,
Você não precisa de lágrimas nesse rosto de menina,
Vou dar-lhe de presente: devoção,
Para que nunca mais reclame: solidão.

Eu não enxergo o quanto realmente estou distante de você,
Quanta esperança terei de derramar até te encontrar,
De quantos sonhos despertar, acordar e não te encontrar,
Não sei há quanto tempo estou de calar teus segredos no calor do meu beijo.
Quanto será de desejo que irá escorrer pelos meus dedos


Parte II (Refrão e Nostalgia I)

Em ritmo de valsa eu me deito,
Rendendo-me em seus braços num leito,
Arremessando fantasias por todos os lados,
Aterrissando meus sonhos na realidade de um momento perfeito.

Amor se eu te chamo,
É para dizer que te amo,
Não quero nem pensar em me afastar de você.

Quando o amor é distância,
Saudade é veneno,
O corpo desiste fácil,
E o coração vai sofrendo.


Parte III (Suicídio)

Gostaria de arrancar de ti todo o seu sofrimento,
E fazer com que a maldade desse mundo,
Passasse bem longe de cada um de seus pensamentos.

Enxergar seus olhos vazios,
Quando a vida mais parece sinônimo de injustiça,
E o corpo já não mais faz questão de juízo.

Transformar a sensação de suicídio em luz.

Gostaria de te proporcionar,
Toda esperança que esse mundo pode dar.
Fazer da persistência o hábito de amar.

Enxergar teus punhos fechados,
Prontos para cobrir de socos qualquer que seja o destino.
E dê ao seu corpo o mais puro sentimento de alívio,

Para que não transforme luz em suicídio.

Parte IV (Refrão e Nostalgia II)

Em ritmo de valsa eu te deito,
Rendendo-te em meus braços encostando sua cabeça em meu peito,
Reunindo fantasias por todos os lados,
Aconchegando seus sonhos estilhaçados na realidade de um momento perfeito.

E é para dizer que te amo,
Amor quando eu te chamo,
Nem quero pensar em me afastar de você.

Quando o problema é a distância,
E o coração não é pequeno,
O corpo não desiste fácil,
E o amor vai crescendo.


Parte V (Reconstruindo o seu mundo)

Paixão intensa em um corpo que se anima,
Responsabilidade de menina.
Inteligente são os que te rodeiam,
Sábios os que bateram os olhos nas iniciais desses versos:
Compreenderam;
Lugar algum poderá salvar você de si mesmo,
A chance de se reconstruir estará sempre aqui.

Tão perto de você aceitar, entender,
E as cores do mundo voltarão a aparecer.

Ah, sim! E lá se foram todos aqueles dias pelo nosso passado,
Morreram a cada pôr-do-sol que se calou ao final do dia e com a chegada de um presente,
Ouviu-se falar muito pouco até mesmo de um passado recente.

! Um futuro bem planejado pode modificar nossa condição de gente!

Parte VI (Valsa e Primavera)

Se meus olhares te cercam,
E meus olhos se fecham,
Jamais terei tempo para entender,
Que um dia eu posso te perder.

Eu só espero a minha primavera chegar.

Ainda falta muito
Para que esse seja o fim.
Aqui não é o caminho para morrer,
Não, não será assim.

Me dê uma única chance
De te levar para bem longe,
Solidão ausente,
E Inocência de presente.

Eu só espero a minha primavera chegar.

E pela valsa eu continuo cada um de meus movimentos,
Sem me preocupar como gasto meu tempo,
E por favor, não tenha medo,
Viva comigo esse momento!

Diga ao suicídio, ódio, depressão
A cada sentimento do seu coração!
Todos são como meras feridas,
Por isso tenha a coragem de enfrentar a vida!

E... Faça a primavera chegar,
Faça a primavera chegar!



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