terça-feira, 20 de outubro de 2009

Desesperos de um silêncio profundo



Parte I
(Apenas uma criança)

Esperando...
A felicidade voltar com o tempo.
Desvanescer o estado de isolamento,
Virar pó esse ciclo de confusão.

Querendo dormir...
desolada ao escuro,
Nenhuma luz que possa erguê-la,
além do firmamento deste pesadelo...

O dia vira noite, assim como a verdade, ilusão;

Como podemos despejar em uma criança,
O desespero de uma vida?
Como podemos nos sentir capaz de largá-la no escuro
com todos os seus sonhos esparramados pelo chão?
Como podemos ensinar o silêncio da solidão
e largá-la sozinha sem ao menos estender a mão?

Se você é mais um que vê isso acontecer e não faz nada,
Eu sinto muito.


Parte II
(Também mulher)

Os traços de seu rosto,
tem deixado-me em um estado de inspiração sem retorno.
Perco o controle quanto as minhas preocupações,
Esqueço que estou a cuidar de uma criança,
Com rosto de mulher,

Irmão, homem, namorado, amigo, o que sou ja não sei;
E tudo isso já nem quero ser,
Tudo o que quero é estar do seu lado,
E estar do seu lado eu estarei,

Como posso deixar de te tocar,
Se é todo o meu amor que te envolve?
Como posso te tocar,
se assim o fizer desejarei cada parte do teu corpo?!
Como posso te desejar,
Se o que mais quero é te fazer vencer esta guerra?!
Como posso lutar por você?!

Existem problemas,
Que mesmo que eu fosse um super-homem,
Eu não conseguiria entender.


Parte III
(Depressão)


Feito uma fera sem instinto,
Você passa do céu ao inferno,
Da verdade à insanidade,
Do amor ao suicídio,
Da confusão ao desespero!
Do desespero ao aborto do medo,
Da vida para a morte!
Da morte ao silêncio,

Ah meu Deus, onde está o divino som da Tua voz?!

Como posso ficar parado vendo você morrer,
Definhar sua alma como areia no tempo?!
Como posso não dizer para você,
Que não há ninguém que possa te salvar de si mesma?!
E que as respostas para todas as mentiras estão aí dentro,
do seu coração.

Desconectada do mundo que te envolve,
Sua alma parece beirar as portas do outro mundo,
Já não te enxergo por aqui,
Não te sinto mais ao meu lado,

Como quer que eu não lute por você,
pensa que vou te esquecer na escuridão?!
Como faço para que as minhas palavras,
Alcancem o fundo da sua alma?!
Como faço para romper a prisão de vidro,
Que habita o seu coração?!

O que mais quero,
É poder te ver bem,
Sempre que puder.


Parte IV
(As madrugadas)


Lutando contra as regras do seu sono,
avançando contra os limites de seu corpo,
sinto que tem desejado adiantar o próprio fim,
Tem recolhido cada um de seus sorrisos,
Enterrado cada um de seus desejos,
Encerrado cada uma de suas orações,
derrubado todo tipo de esperança,
Cantando suas memórias em tom de despedida...

Como pretende amar a Deus,
Se mal consegue ser amada pelas pessoas que te rodeam?!
Como pretende ouvir a voz de um Todo-Poderoso,
Se não acredita na renovação do seu ser?!
Como pretende que Deus te ame,
se sua devoção fede o desejo de morte?!

Se não pode sentir o meu amor,
Então ouça o eco das palavras de meu coração,
tão incompreendido.

O tempo passa rápido demais,
Para esperarmos que nossos desejos sejam realizados.


Parte V
(O fim do Poço e um punhado de orações partidas)


Apenas o silêncio...
O escuro...
E o receio pelo fim.

Pedir perdão pelo o que não fez não consola,
Apenas aumenta a culpa,
O desânimo tem tomado forma,
Vejo-te em uma guerra:
Não sabes qual é o teu inimigo,
E nem o porquê está lutando...

Pobre fantoche do destino,
Pena de si mesmo,
O fim do poço e um punhado de orações partidas.


Parte VI
(Avançando contra os inimigos)

Cara a cara com a morte,
Beije a sua face e vire de costas para a sua foice!
O seu desespero conta as boas novas de que ainda não desistiu,
Suas esperanças de alguma maneira,
Não permitiram queda,
Não! O seu mundo não caiu!

Avançando contra os inimigos,
Envie qualquer tipo de falta de sorte aos quintos dos infernos,
Sei que está de pé e de cabeça erguida,
Mesmo no fundo do poço.

Cinco fragmentos de referência em contagem regressiva:

v Cinco:

"O mundo está vazando
Desordem mental
Encare os fatos, é verdade.
Estamos lidando com uma falta de ordem"

v Quatro:

"Próximo da ponte,
Andando sem muita segurança,
Não pode segurar-se na beirada,
Você está em um piso escorregadio,
Pensou ter visto o sinal,
Talvez para te avisar,
Que a maldita ponte está cedendo,
Com o objetivo de te engolir".

v Três:

"O amanhã parece não tão certo,
Caí dentro de um gigante quebra-cabeça
Sem dizer,
Que eu preferia estar onde ninguém
Pudesse alcançar meus pensamentos"

v Dois:

"Então, escuto você dizer: descanse, descanse.
Eu serei sempre o único,
Sem amor".

v Um:

"Dentro de mim,
Nada além de sonhos despedaçados
Nada parece real
Meu coração apenas não sente mais"

"APENAS NÃO DESISTA,
SEJA CAPAZ DE ENXERGAR O ALVORECER VERMELHO ALÉM DAS LINHAS INIMIGAS"

"Maré de lamentações abençoando as estrelas
Por favor, não pense que vou te abandonar.
Preciso libertar você de acreditar nas mentiras que sua mente criou, contra você mesma...

"Chuva,
De pé no campo principal,
Nós sentimos a chuva que cai,
Remanesce os restos seus e meus.
Como pode se livrar desta prisão de vidro?
Como pode ir, se seu verdadeiro sorriso está morto em seu coração?
E se eu estiver errado? E se todos nós estivermos errados?"

"Meu anjo, seu sangue está caindo,
Não conseguirá morrer agora,
Continue a trajetória de super-herói no mundo real,
Resista à falta de resistência,
Preze sua honra!"


Parte VII
(Colecionador de tesouros)

Eu encontrei cada um de seus sorrisos perdidos,
Tenho os guardado aqui comigo,
A prova do tempo e da distância,
Eu sei que você se perde
e que poucas vezes se lembra do que faz
no exato momento que faz.
Coleciono as partes de você,
Partes que você deixa pelo caminho,
Na esperança de te rever inteira novamente.

Pôr-do-sol para todos nós,
A noite está apenas começando,
Não sabemos se o sol voltará amanhã,
E pouco sabemos se o fato dele voltar,
influenciará em nossos humores abalados.

Tenho reservado uma parte do meu coração,
Violentando todo o meu corpo,
Estou colecionando os seus valores,
E guardando dentro de mim mesmo,
Meu corpo não os aceita,
Não concorda,
Ele diz que não posso guardar tesouros que não são meus.
Mas para o dia de hoje eu dou boa noite
E enfrento à minha maneira
essa distinta turbulência.


Parte VIII
(Vazio no escuro: minha oração)


Hey você, hey você
Estou bem aqui
Sua consciência desvanecendo-se
Dificulta meus conselhos,
Criando uma névoa entre seus olhos e o fundo do seu coração.

Oh Senhor
Ajude-nos.
É ela:
Confusa
Cabeça balançada
Olhos vitrificados
e eu de ânimos desgastados.

Ela está perdendo o controle
O que eu posso fazer?
Seus olhos viajantes
São como buracos negros
Estou perdendo-a...
Ela vacila entre o nosso mundo e o dos outros que já se foram...







Parte IX
(As respostas estão dentro de você)


Olhe em volta
Veja o lugar que você pertence
Não tenha medo
Você não é a única e não está sozinha;

Não deixe o dia ir
Não o deixe acabar
Não deixe o dia ir, não permita que restem dúvidas,
as respostas moram dentro de você

A vida é curta
Então aprenda com seus erros
E continue atrás
das escolhas que fizer e que tem feito;

Encare cada dia
com os dois olhos bem abertos;
e tente entrar em ordem
Tenha sempre isso com você;

Você tem o futuro ao seu lado
Ele está sorrindo para você;
Você estará bem agora e continuará bem depois,
Pois qualquer que for sua decisão, qualquer coisa que decidir,
Você vai brilhar!

Não deixe o dia passar em vão,
E nunca permita que ele acabe com você,
Não permita que o dia se vá, largando dúvidas em seu coração,
As respostas moram dentro de você.







Parte X
(O primeiro dia)


Não diga nada,
Nem faça algo,
Você tem a chance de nascer de novo,
E se quiser, este pode ser o seu primeiro dia.

Escolha vivê-lo,
Erga o seu rosto com curiosidade pelo mundo,
Ache outra razão para ficar.
Cinzas em suas mãos
Misericórdia em seus olhos
Se você está procurando por um céu silencioso
E um pouco de sono eterno,
Você não encontrará aqui.

Olhe de outra maneira
Você não encontrará aqui
Esqueça... Não hoje...
Morra outro dia

A frieza dessas palavras
A mensagem em seu silêncio
Coloque a vela contra o vento...
Essa distância em minha voz
Não está te dando escolha
Se você está procurando uma hora para fugir...
Você não encontrará aqui.

Sua inocência de criança,
Vai desbotar com o tempo,
Mas Deus vai te dar em troca,
A sabedoria da simplicidade;
A benção de amar sem medo,
Por isso guarde cada benção,
Como se fossem inúmeros ensinamentos,
Em segredo.


Parte XI
(Silêncio profundo)


Acabaram-se as palavras,
Restaram apenas o meu afeto,
Todo o meu carinho e a minha atenção.

Mas isso não te importa,
Sei que minhas palavras te ajudam bem mais
que o calor do meu corpo.

Mantenho os pés no chão,
Silencio o meu corpo,
adormeço os meus beijos,
para que apenas a minha alma toque suas mãos.

Poema grande esse que fiz, não?
Foi para que minhas palavras ecoassem a minha voz
Quando você se encontrar no estado de silêncio profundo.

Não entre em desespero...
Não perca a vontade...
Quando tudo for um profundo silêncio,
Minhas palavras vão ameaçar a sua insanidade,
Quando tudo for apenas lágrimas,
Minhas orações acomodarão os seus desafetos.

Uma nova oportunidade para você;
Ouse vencer outra vez,
Mesmo que perca sempre,
Derrotada jamais.

Fim da linha garotinha,
Não há escolhas além de sobreviver...


Um comentário:

Felipe disse...

Uiaaaaa que satisfação! dois poemas meus no seu blog! To contente huahauahuah bjo bjo mocinha!