terça-feira, 20 de outubro de 2009

A Carta de uma Boneca de Porcelana


Espere,deixe seus pensamentos fluirem,
em suas veias correr meu sangue
Sangue que em minhas veias correm cheios de rancor e raiva
por ter te amado tanto e tão pouco caso fizeste de mim
Mesmo te amando não sinto mais sua presença nem mesmo seu cheiro...
Droga!Por que eu sinto ainda isso por ti?
 
Meu ser está se detelhorando,
minha alma definhando...
Sou incapaz de te amar e de ter você comigo,
Por que?Será obra de minhas ilusões de estar contigo?
Em meus passos vagos,estou a seguir seus passos
deixados em minhas lembranças,
como espelhos em cacos...
 
Lutei com todas as minhas forças,fiz de mim seu porto seguro,
meus ombros foram seu ponto apoio
Fui a única que tentou te compreender,
mesmo com meus olhos de vidro pude te ver,
mesmo com meus movimentos lentos pude te abraçar
mesmo com meu corpo frio pude te aquecer
mesmo assim não foi o suficiente para você
mesmo assim não fui o suficiente para você
 
Em cada lágrima que derramei parte de mim se foi
foram tantas noites e dias que derramei
que meu espírito se foi
Me restou somente a alma e um frágil corpo vazio
Que um dia ganhou movimento por conta de um sentimento doentio
 
Um dia estive culminando,relembrando minhas ações
Sei que não tive falhas pois as falhas eu trasformei em canções
Meu querido então digas onde foi que eu errei?
Tão pouco me deste ouvidos,por tão pouco me magoarei..
 
Um dia seu ciúmes me fez agrado,seus beijos me reanimaram
mas meus planos se desmancharam,e meus olhos então sagraram
Temida és o dia do nosso reencontro pois será o dia que tu lembra-rás de sua indiferença
Hoje em dia dessa indiferença
tão pouca significa para mim sua presença
 
Por tão pouco eu lutei,por tão pouco me rebaixei,por tão pouco fiz de mim o seu brinquedo
Para mais tarde ser jogada fora,
fui sua boneca de porcelana esquecida pelo tempo
Não sei quanto tempo se passou,
não sei se se me amou so sei que nesse tempo
Você me abandonou,
escute o que eu digo:
Um dia lembra-rás de mim,olhando para sua vadia!
Um dia lembra-rás de mim,olhando para sua vadia!
Um dia lembra-rás de mim,olhando para sua vadia!
 
Meu querido isso foi apenas um desabafo
se fosse para contar os dias que ao seu lado passei feliz
e pouco por tudo que você me fez sangrar seu infeliz!
Cala boca e sangra!
Agora você sabe o que estou sentindo mais isso não faz diferença
pois agora não preciso mais de sua presença
Es uma carta escrita em linhas tortas
pequenas mãos,pequenas portas
Resumidos em uma carta
A carta de uma Boneca de Porcelana,a boneca morta
 
Priscila H. Taniguchi

Nenhum comentário: